Um estudo recente publicado na revista Frontiers in Nutrition apresenta um caso promissor do uso de transplante de microbiota fecal (TMF) para tratar a intolerância alimentar severa em uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pesquisa relata a experiência de um paciente pediátrico que sofria de intolerância a 52 alimentos diferentes, manifestando sintomas como erupções cutâneas generalizadas, diarreia e desnutrição.
O tratamento consistiu na administração oral de cápsulas contendo microbiota fecal. A criança recebeu nove cápsulas diariamente durante dois ciclos consecutivos, totalizando 120 cápsulas. Os resultados foram notáveis. As erupções cutâneas diminuíram, a tolerância a alimentos anteriormente problemáticos foi restabelecida, o estado nutricional melhorou significativamente e a consistência das fezes normalizou.
Este caso sugere que o transplante de microbiota fecal pode ser uma abordagem terapêutica eficaz para o tratamento da intolerância alimentar em pacientes com autismo. A microbiota intestinal desempenha um papel fundamental na saúde digestiva e imunológica. O transplante de microbiota fecal pode ajudar a restaurar o equilíbrio da microbiota, reduzindo assim a resposta imunológica inadequada aos alimentos. Embora este seja apenas um relato de caso, ele abre portas para pesquisas adicionais sobre o potencial do TMF no tratamento de condições relacionadas ao TEA e à intolerância alimentar.
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