A crescente exposição de crianças pequenas a telas e mídias digitais tem gerado preocupações entre especialistas em saúde infantil. Um estudo recente investigou a relação entre o consumo de mídia em idade pré-escolar e o risco de atrasos no desenvolvimento e transtornos como o autismo.
A pesquisa, que analisou diversos estudos sobre o tema, revelou que o consumo excessivo de mídia está associado a déficits no desenvolvimento da linguagem e cognitivo em crianças. Os resultados indicam que essa exposição pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de problemas emocionais, comportamentais e de desenvolvimento em geral. Observou-se, inclusive, uma associação entre o aumento do consumo de mídia e sintomas consistentes com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
É importante ressaltar que esses efeitos negativos foram mais evidentes em crianças que já apresentavam outros fatores de risco, como baixa condição socioeconômica, histórico familiar de transtornos mentais ou estresse parental. Nesses casos, o consumo de mídia parece atuar como um agravante. A boa notícia é que intervenções focadas na redução do tempo de tela, combinadas com o aumento de interações construtivas entre pais e filhos, mostraram-se eficazes na redução da severidade dos sintomas. Portanto, a educação dos pais e a implementação de medidas preventivas são cruciais para promover o desenvolvimento saudável das crianças, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade.
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