O colapso pulmonar, frequentemente associado a condições como atelectasia, pneumonia e síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), compromete significativamente a troca gasosa e a função respiratória. Monitorar a reabertura pulmonar, ou re-aeração, torna-se, portanto, essencial para avaliar a eficácia de intervenções terapêuticas, incluindo ventilação não invasiva, ventilação mecânica invasiva e fisioterapia, que visam restaurar o volume pulmonar e melhorar a eficiência respiratória.
A re-aeração pulmonar envolve dois processos fisiológicos chave: recrutamento e inflação. O recrutamento refere-se à abertura de alvéolos previamente colapsados, enquanto a inflação se refere à expansão dos alvéolos já abertos. Ambos os mecanismos melhoram a complacência pulmonar e otimizam a relação ventilação-perfusão, promovendo uma melhora geral na função respiratória. A identificação precisa e o monitoramento desses processos são cruciais para otimizar as estratégias de tratamento e minimizar os danos pulmonares.
O ultrassom pulmonar (US) tem se destacado como uma alternativa promissora para avaliar a aeração pulmonar. Sua aplicabilidade reside na capacidade de detectar e rastrear a re-aeração pulmonar em diversos cenários clínicos, oferecendo informações em tempo real sobre o recrutamento e a inflação pulmonar. A facilidade de uso, a ausência de radiação ionizante e a portabilidade do equipamento tornam o US uma ferramenta valiosa à beira do leito do paciente. A literatura científica atual apoia a utilização do ultrassom como método para otimizar o manejo respiratório de pacientes em estado crítico, oferecendo uma alternativa viável e informativa para monitorar a resposta pulmonar à ventilação mecânica e outras terapias.
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