Queloides e cicatrizes hipertróficas podem gerar desconforto físico e emocional, impactando significativamente a qualidade de vida, especialmente em pessoas com fototipos de pele mais altos (morenas e negras). Essas lesões, muitas vezes recorrentes, podem causar coceira, alterações na pigmentação da pele, dor e, consequentemente, afetar a autoestima.
Uma revisão sistemática recente avaliou o impacto de queloides e cicatrizes hipertróficas na qualidade de vida de indivíduos com pele mais escura, bem como as estratégias de tratamento disponíveis. Os resultados indicaram que a excisão cirúrgica seguida de braquiterapia (um tipo de radioterapia) se mostra promissora no tratamento de queloides, apresentando baixas taxas de recorrência. Já para cicatrizes hipertróficas, a combinação de diferentes terapias, como o uso de gel de silicone, injeções de corticosteroides, tratamento a laser e terapia compressiva, tende a ser mais eficaz. É fundamental considerar os possíveis efeitos colaterais, como a hiperpigmentação, ao escolher o tratamento.
Apesar dos avanços, a pesquisa também aponta para uma lacuna importante: a falta de estudos inclusivos e com medidas padronizadas de qualidade de vida que avaliem o impacto dos tratamentos em populações com pele mais escura. As escalas de avaliação de severidade de cicatrizes existentes muitas vezes não representam adequadamente as características da pele negra e morena. Portanto, são necessários mais estudos que abordem essa questão, buscando entender como as intervenções influenciam tanto a resolução das cicatrizes quanto o bem-estar geral desses pacientes. A busca por tratamentos eficazes deve sempre estar alinhada com a melhora da qualidade de vida e a minimização de efeitos colaterais, garantindo o melhor resultado possível para cada indivíduo. Além disso, é importante o acompanhamento médico especializado para determinar o tratamento mais adequado para cada caso.
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