A mortalidade neonatal continua sendo um desafio de saúde pública significativo, especialmente em países como a Etiópia, onde a asfixia ao nascer é uma das principais causas. Programas como o ‘Helping Babies Breathe’ (HBB), projetados para treinar profissionais de saúde em reanimação neonatal, são cruciais para enfrentar esse problema. No entanto, um estudo recente investigou a retenção de conhecimento e habilidades entre parteiras um ano após a conclusão do treinamento do HBB, revelando dados importantes sobre a necessidade de reforço contínuo.
A pesquisa, conduzida na Etiópia, acompanhou um grupo de parteiras graduadas que participaram do treinamento HBB durante o último ano de seus estudos. O estudo avaliou o conhecimento teórico por meio de questionários de múltipla escolha e as habilidades práticas através de exames clínicos estruturados (OSCEs). Os resultados mostraram um declínio significativo tanto no conhecimento quanto nas habilidades um ano após o treinamento inicial. As parteiras demonstraram uma redução na pontuação mediana de conhecimento de 98% para 74%, e a proficiência nas habilidades avaliadas pelos OSCEs também diminuiu, de 62% para 36%.
Apesar da retenção moderada de conhecimento e habilidades, a taxa de declínio observada destaca a importância de programas de reciclagem periódicos e do acesso facilitado a equipamentos de reanimação. O estudo conclui que fortalecer esses aspectos pode melhorar o impacto a longo prazo do HBB na redução da mortalidade neonatal. A implementação de treinamentos de atualização regulares, juntamente com a garantia de que as parteiras tenham acesso aos recursos necessários, são passos essenciais para garantir que elas estejam preparadas para lidar com emergências neonatais e salvar vidas.
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