Autismo e Sono: Um Elo Persistente ao Longo da Vida

Problemas de sono são frequentemente observados em indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), persistindo desde a infância até a vida adulta. Um estudo recente investigou objetivamente a continuidade e o alinhamento do sono em pessoas autistas, com e sem deficiência intelectual, utilizando monitoramento circadiano ambulatorial (ACM).

A pesquisa envolveu 214 participantes, divididos em quatro grupos etários: menores de 10 anos, adolescentes de 10 a 17 anos, jovens adultos de 18 a 27 anos e adultos de 28 a 65 anos. A continuidade e o alinhamento do sono foram avaliados por meio de ACM durante um mínimo de três dias. Os resultados mostraram que todos os grupos apresentaram resultados de sono significativamente comprometidos, com exceção do tempo total de sono (TST). Adultos demonstraram maior latência do sono (SOL) e maior tempo acordado após o início do sono (WASO) em comparação com crianças e adolescentes. No entanto, essas diferenças diminuíram ao comparar as ‘porcentagens de parâmetros de sono dentro da faixa normal’ entre os grupos.

Ao avaliar o desalinhamento circadiano, o ponto médio do sono (M5) estava atrasado em crianças e adolescentes (2h56 e 3h00, respectivamente) e consideravelmente adiantado em adultos mais velhos. Esses achados destacam que os distúrbios do sono manifestados na infância podem persistir na vida adulta de indivíduos com TEA. Além disso, ressaltam a importância de investigar como as condições de vida, como horários impostos em instituições residenciais, podem influenciar o ritmo do sono. Compreender e abordar esses fatores é crucial para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar geral de pessoas com autismo ao longo de suas vidas.

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