Um estudo recente revelou uma ligação preocupante entre o jet lag social (SJL) e os sintomas centrais do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em crianças de 2 a 3 anos. O jet lag social ocorre quando há um desalinhamento entre o relógio biológico de uma pessoa e seus horários sociais, como horários de sono irregulares entre a semana e o fim de semana. Esta pesquisa pioneira sugere que essa inconsistência pode ter um efeito negativo no desenvolvimento e bem-estar de crianças autistas.
O estudo, publicado na revista Frontiers in Psychiatry, avaliou padrões de sono e sintomas do TEA em crianças de 2 a 7 anos. Os pesquisadores descobriram que crianças de 2 a 3 anos com TEA apresentavam uma correlação significativa entre o jet lag social e a gravidade de seus sintomas. Isso significa que quanto maior a diferença nos horários de sono entre a semana e o fim de semana, mais pronunciados eram os sintomas do TEA nessa faixa etária. Os pesquisadores calcularam o SJL medindo a diferença entre o ponto médio do sono nos dias de semana e nos fins de semana.
A pesquisa destaca a importância de rotinas regulares para crianças com TEA, especialmente as mais jovens. Manter horários de sono consistentes pode ajudar a mitigar os efeitos negativos do jet lag social e, potencialmente, melhorar os sintomas centrais do TEA. Pais e cuidadores devem se esforçar para estabelecer e manter uma rotina de sono consistente, mesmo nos fins de semana. Estratégias como criar um ambiente de sono calmo e relaxante, estabelecer horários fixos para dormir e acordar, e evitar telas antes de dormir podem ser úteis para promover um sono saudável em crianças com TEA. Mais pesquisas são necessárias para entender completamente a relação entre jet lag social e TEA, mas este estudo fornece evidências importantes sobre a necessidade de intervenções focadas na promoção de hábitos de sono saudáveis em crianças com autismo.
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