Periodização Neuroplástica: Nova Abordagem no Tratamento de Tendinopatias

A reabilitação de tendinopatias está evoluindo, incorporando princípios de treinamento atlético em protocolos estruturados. O objetivo é otimizar a cura do tendão e a recuperação funcional, minimizando o risco de recorrência. Uma área promissora é a periodização neuroplástica, que busca alinhar a reabilitação física com o engajamento cognitivo para otimizar o aprendizado motor e reduzir padrões inadequados de movimento.

As fases iniciais da reabilitação priorizam o gerenciamento da dor e o aumento da capacidade de carga através de contrações isométricas prolongadas. Isso visa melhorar o engajamento neuromuscular sem exacerbar os sintomas. Exercícios de resistência pesada e lenta, que são fundamentais para a progressão da carga, facilitam a remodelação do tendão e o desenvolvimento da força. As fases subsequentes incorporam o armazenamento e a liberação de energia, com exercícios específicos para cada esporte ou atividade, adaptados aos objetivos individuais. Movimentos com ritmo externo são utilizados para aprimorar o controle motor e o impulso corticospinal.

Apesar do potencial, ainda existem controvérsias. Atualmente, não há ensaios clínicos randomizados que tenham testado o conceito de periodização no tratamento de tendinopatias. No entanto, a avaliação sistemática, incluindo amplitude de movimento, flexibilidade dos tecidos e biomecânica dos membros, é crucial para identificar e tratar disfunções da cadeia cinética em pacientes com problemas nos tendões. A reintegração ao esporte ou à atividade deve seguir parâmetros claros, como força simétrica, função indolor e tolerância a cargas de alta intensidade. Essa abordagem individualizada e estruturada oferece um caminho prático para os clínicos, combinando considerações fisiológicas e biomecânicas para um retorno seguro à atividade.

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