Um estudo recente investigou a relação entre a atividade física e a rigidez arterial em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr). A rigidez arterial, um fator de risco cardiovascular importante, pode ser influenciada por diversos fatores, incluindo o nível de atividade física. A pesquisa buscou determinar se existe uma associação entre a quantidade e a intensidade da atividade física e a rigidez das artérias nesses pacientes.
O estudo envolveu 76 pacientes com ICFEr, com uma idade média de 61 anos. A rigidez arterial foi avaliada através da velocidade de onda de pulso carótido-femoral (cfPWV), um método não invasivo que mede a velocidade com que a onda de pulso se propaga pelas artérias. A atividade física dos participantes foi monitorada objetivamente por meio de acelerômetros durante sete dias. Os níveis de atividade foram classificados em atividade física de baixa intensidade (LPA), atividade física de intensidade moderada (MPA) e atividade física de alta intensidade (VPA), com base nos equivalentes metabólicos da tarefa (MET).
Os resultados mostraram uma correlação significativa entre a cfPWV e o tempo gasto semanalmente em LPA, MPA, atividade física total e contagem de passos. Em outras palavras, quanto mais ativos os pacientes, menor a rigidez arterial. Após ajustes para fatores como idade, sexo, índice de massa corporal e pressão arterial, as correlações permaneceram significativas. Além disso, pacientes classificados como ativos ou muito ativos apresentaram uma rigidez arterial significativamente menor em comparação com aqueles considerados inativos. Esses achados sugerem que a prática regular de atividade física, mesmo que de baixa intensidade, pode trazer benefícios para a saúde vascular de pacientes com ICFEr. A incorporação de exercícios físicos na rotina desses pacientes pode ser uma estratégia importante para melhorar a saúde cardiovascular e reduzir o risco de complicações.
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