O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento caracterizada por desafios na comunicação social, linguagem e comportamentos repetitivos. A crescente prevalência do TEA transformou-o em uma preocupação de saúde pública global. Embora a etiologia exata permaneça complexa, a pesquisa indica uma interação entre fatores genéticos e ambientais.
Apesar da identificação de algumas mutações genéticas associadas ao autismo, a maioria dos casos carece de explicações genéticas claras. Evidências crescentes apontam para a influência de fatores ambientais precoces na vida do indivíduo, como idade parental avançada, diabetes materno durante a gravidez, infecções, desequilíbrios hormonais, uso de certos medicamentos e exposição à poluição do ar. A compreensão desses fatores é crucial para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e intervenção.
Atualmente, o diagnóstico do TEA é baseado em avaliações comportamentais. A ausência de biomarcadores moleculares específicos dificulta a detecção precoce e o desenvolvimento de terapias direcionadas. No entanto, pesquisas promissoras têm identificado potenciais biomarcadores, incluindo classificadores de neuroimagem, padrões de eletroencefalografia, dados de rastreamento ocular, análises digitais, perfis de expressão gênica, marcadores inflamatórios e de quimiocinas, perfis proteômicos e metabolômicos e características da microbiota intestinal. Paralelamente, estratégias terapêuticas como terapias digitais, estimulação cerebral não invasiva, antioxidantes, ocitocina e inibidores de mTOR estão sob investigação, abrindo caminhos para intervenções mais eficazes e personalizadas no futuro. O desenvolvimento de novas terapias representa um avanço significativo na busca por melhorar a qualidade de vida de indivíduos com TEA e suas famílias. A pesquisa contínua nessas áreas é essencial para desvendar os mistérios do autismo e oferecer suporte abrangente às pessoas afetadas. A identificação precoce e a intervenção adequada são cruciais para otimizar o desenvolvimento e o bem-estar de crianças com TEA.
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