A busca por marcadores precoces da Doença de Alzheimer (DA) é uma área crucial da pesquisa em saúde. Identificar a doença em seus estágios iniciais pode abrir caminho para intervenções mais eficazes e retardar sua progressão. Um estudo recente explora o potencial da conectividade funcional dinâmica (dFC) no cérebro como um indicador sensível e não invasivo da patologia associada ao Alzheimer, mesmo em indivíduos cognitivamente saudáveis.
A pesquisa utilizou magnetoencefalografia (MEG) para avaliar a atividade cerebral de participantes e analisar a dFC, que reflete as mudanças na comunicação entre diferentes regiões do cérebro ao longo do tempo. Os resultados indicaram que alterações na dFC, particularmente na região frontotemporal, estavam associadas aos níveis de p-Tau231, um biomarcador plasmático relacionado à patologia do Alzheimer. Essa associação sugere que a dFC pode detectar alterações sutis no funcionamento cerebral antes que os sintomas cognitivos se manifestem completamente. A conectividade funcional estática (sFC) parece ser menos sensível a essas alterações precoces.
A importância desses achados reside na possibilidade de utilizar a dFC como uma ferramenta de diagnóstico precoce e não invasiva. Métodos eletrofisiológicos, como a MEG, combinados com a análise de biomarcadores plasmáticos, oferecem uma abordagem promissora para identificar indivíduos em risco de desenvolver Alzheimer e monitorar a eficácia de potenciais terapias. A capacidade de detectar a patologia do Alzheimer em seus estágios iniciais, antes que danos irreversíveis ocorram no cérebro, é fundamental para melhorar os resultados para os pacientes e suas famílias. Os pesquisadores destacam que esse aumento inicial na dFC parece ter uma natureza patológica, dada a sua relação com outras medidas plasmáticas, funcionais e estruturais, abrindo portas para novas estratégias de intervenção.
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