Um estudo recente investigou os efeitos da quimioterapia neurotóxica no controle postural de mulheres em tratamento contra o câncer. A pesquisa, publicada no periódico BMC Women’s Health, avaliou o equilíbrio das participantes antes e após a quimioterapia, analisando diferentes condições sensoriais e tarefas simultâneas.
Os resultados indicaram que a quimioterapia pode prejudicar significativamente o controle postural, especialmente em situações que envolvem perturbações visuais e a necessidade de realizar tarefas duplas. As mulheres apresentaram maior dificuldade em manter o equilíbrio nessas condições, com um aumento nos deslocamentos anteroposteriores do centro de pressão e nas forças de reação do solo mediolaterais. A avaliação também considerou o impacto na qualidade de vida e as preocupações com a neurotoxicidade, revelando uma piora nesses aspectos após o tratamento.
A pesquisa sugere que a avaliação sistemática do controle postural, com olhos fechados, em mulheres submetidas à quimioterapia para câncer de mama pode ser crucial para identificar distúrbios posturais induzidos pelo tratamento. Essa identificação precoce pode auxiliar na determinação das necessidades de tratamento e na implementação de estratégias de reabilitação para melhorar a qualidade de vida das pacientes. O estudo ressalta a importância de considerar os efeitos colaterais da quimioterapia além dos sintomas mais evidentes, como a neuropatia periférica, e destaca a necessidade de uma abordagem multidisciplinar no cuidado de mulheres com câncer.
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