Indivíduos que sofrem de dor cervical crônica, frequentemente resultante de lesões como o whiplash (lesão por chicote), podem encontrar alívio através de programas de exercícios específicos para o pescoço. Um estudo recente investigou os fatores que contribuem para a melhora da dor, da incapacidade e da função física nesses pacientes, utilizando tanto um programa de exercícios online (NSEIT) quanto um programa supervisionado por fisioterapeuta (NSE).
O estudo randomizado controlado envolveu 140 participantes com whiplash crônico (entre 6 meses e 5 anos após a lesão). Os participantes foram divididos em dois grupos: um grupo recebeu um programa de exercícios online com quatro consultas de fisioterapia, enquanto o outro grupo participou do mesmo programa de exercícios, mas supervisionado por um fisioterapeuta duas vezes por semana, durante 12 semanas. Os resultados revelaram que tanto o programa online quanto o programa supervisionado levaram a melhorias significativas na dor cervical, na incapacidade e na função física.
Mais importante ainda, o estudo identificou que melhorias em fatores psicológicos, como ansiedade, depressão, crenças de evitação do medo e autoeficácia, e fatores fisiológicos, como a amplitude de movimento cervical, estavam relacionados às melhorias nos resultados clínicos. Esses achados sugerem que abordar tanto os aspectos psicológicos quanto os físicos é crucial para o sucesso do tratamento da dor cervical crônica. Além disso, a pesquisa destacou a importância de continuar investigando outros fatores que podem influenciar a resposta ao tratamento, buscando identificar aqueles que não apresentam melhora com os programas de exercícios existentes. Compreender esses fatores pode levar ao desenvolvimento de abordagens terapêuticas mais personalizadas e eficazes para indivíduos com dor cervical crônica.
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