Doenças Pulmonares Intersticiais Fibrosantes (DPIF) impactam significativamente a capacidade de exercício e a qualidade de vida dos pacientes. A reabilitação pulmonar (RP) surge como uma intervenção promissora para aliviar os sintomas e melhorar a capacidade funcional. Um estudo recente investigou a eficácia de diferentes abordagens de RP em pacientes com DPIF, comparando programas supervisionados em hospitais, online síncronos e baseados em vídeo.
A pesquisa, conduzida através de um ensaio clínico randomizado, dividiu os participantes em três grupos. O primeiro grupo realizou a RP em um ambiente hospitalar, sob supervisão direta. O segundo grupo participou de sessões online síncronas, com videochamadas ao vivo. Já o terceiro grupo utilizou vídeos pré-gravados com exercícios. Todos os grupos seguiram um programa de 8 semanas, que combinava exercícios aeróbicos e de resistência. Foram avaliados diversos parâmetros clínicos, incluindo a distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos, a escala de dispneia do Medical Research Council modificada, testes de função respiratória, questionários de qualidade de vida e força muscular.
Os resultados revelaram que todas as abordagens de RP – hospitalar, online síncrona e baseada em vídeo – promoveram melhorias significativas na distância de caminhada, dispneia, pressão inspiratória máxima, atividade física, qualidade de vida e força muscular periférica. No entanto, a RP supervisionada em ambiente hospitalar demonstrou benefícios superiores na função pulmonar e na redução da fadiga em comparação com as abordagens online. Isso sugere que, embora a RP online seja uma alternativa viável, a supervisão direta em um ambiente hospitalar pode oferecer vantagens adicionais para pacientes com DPIF, especialmente no que diz respeito à função pulmonar e ao controle da fadiga. Mais estudos são necessários para entender completamente os mecanismos por trás dessas diferenças e otimizar as abordagens de RP para diferentes perfis de pacientes.
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