Um estudo recente trouxe à tona uma inovação promissora na avaliação da catatonia, uma síndrome neuropsiquiátrica complexa que afeta o movimento e o comportamento. Pesquisadores demonstraram que a tecnologia de captura de movimento 3D sem marcadores (MoCap) pode ser uma ferramenta eficaz para quantificar e analisar a marcha de pacientes com catatonia, revelando alterações sutis na dinâmica temporal e espacial da caminhada.
A catatonia, muitas vezes associada a transtornos como esquizofrenia e transtorno bipolar, pode se manifestar de diversas formas, incluindo rigidez, lentidão, posturas incomuns e falta de resposta a estímulos. O diagnóstico e acompanhamento da catatonia podem ser desafiadores, uma vez que dependem, em grande parte, da observação clínica e de escalas de avaliação subjetivas. A tecnologia MoCap oferece uma abordagem mais objetiva e precisa para avaliar os padrões de movimento, permitindo identificar características específicas que podem passar despercebidas em um exame clínico tradicional.
Neste estudo, os pesquisadores utilizaram um sistema MoCap 3D para analisar a marcha de pacientes com e sem catatonia, identificando diferenças significativas nos parâmetros espaço-temporais da caminhada. Os resultados sugerem que a tecnologia MoCap pode ser uma ferramenta valiosa para o diagnóstico precoce, o monitoramento da progressão da doença e a avaliação da resposta ao tratamento. Estudos futuros devem explorar os efeitos longitudinais do tratamento da catatonia nos padrões de marcha e investigar potenciais biomarcadores para o acompanhamento da doença, abrindo novas perspectivas para o desenvolvimento de terapias mais eficazes e personalizadas. A capacidade de identificar e quantificar objetivamente as alterações na marcha pode revolucionar a forma como a catatonia é diagnosticada e tratada, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
Origem: Link