A terapia musical tem se mostrado uma ferramenta promissora no suporte ao desenvolvimento de crianças com autismo. Um estudo recente explorou as perspectivas de mães sobre a terapia musical familiar a longo prazo, ou seja, com duração mínima de três anos. A pesquisa qualitativa, publicada no Journal of Music Therapy, buscou compreender como essa abordagem terapêutica impacta a vida das crianças e de suas famílias.
As entrevistas semiestruturadas com sete mães revelaram dois temas principais. O primeiro, ‘A terapia musical a longo prazo promove o bem-estar subjetivo na criança e na família’, destacou como as interações musicais proporcionam alegria, permitem que a criança se expresse livremente e oferecem suporte no dia a dia. O segundo tema, ‘Mudanças percebidas pelos pais no desenvolvimento de seus filhos’, identificou progressos no desenvolvimento cognitivo, habilidades sociais, inteligência emocional, consciência corporal e no desenvolvimento de pontos fortes e recursos da criança. Essa terapia, focada na individualidade de cada criança, mostrou-se capaz de impulsionar diversas áreas do desenvolvimento.
As mães relataram que as sessões de terapia musical proporcionaram alívio e um senso de catarse, ajudando-as a lidar com os desafios de criar um filho com um desenvolvimento atípico. A terapia musical, ao facilitar a expressão emocional e capitalizar os talentos da criança, parece fortalecer o bem-estar familiar como um todo. Em suma, este estudo ressalta os benefícios multifacetados da terapia musical prolongada, oferecendo valiosas percepções sobre seu potencial para melhorar a qualidade de vida de crianças autistas e suas famílias, demonstrando que a música pode ser uma poderosa ferramenta terapêutica e de conexão familiar. A abordagem focada na família é um diferencial importante, pois integra o suporte à criança ao bem-estar de todos os seus membros.
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