Análogos da Hemorfina-4 com Rhodamina B: Uma Promessa no Tratamento de Convulsões?

Pesquisadores investigaram o potencial de análogos da hemorfina-4 (H4) modificados com rodamina B (Rh) no tratamento de convulsões em ratos. Hemorfina é um peptídeo bioativo derivado do metabolismo da hemoglobina. O estudo avaliou três compostos (Rh-1, Rh-2 e Rh-3) administrados intracerebroventricularmente em diferentes doses, utilizando testes de 6 Hz e eletrochoque máximo (MES), além de um modelo de kindling induzido por pentilenotetrazol (PTZ).

Os resultados indicaram que os três compostos Rh-H4 demonstraram um perfil de segurança aceitável. Eles suprimiram tanto as crises psicomotoras quanto a propagação das convulsões. Especificamente, o Rh-1 mostrou eficácia nas doses de 5 e 10 µg/5 µL, o Rh-2 na dose mais alta e o Rh-3 em todas as doses testadas (1-10 µg/5 µL). Quando administrados em doses específicas, o Rh-1 e Rh-3 (5 µg/5 µL) e o Rh-2 (10 µg/5 µL) conseguiram suprimir as crises clônicas em ratos kindled, com resultados comparáveis ao diazepam, um medicamento de referência.

A investigação do mecanismo de ação revelou que o antagonista seletivo do receptor delta opioide (DOR), natrindol, inibiu o efeito do análogo peptídico Rh-1 sobre as convulsões. Além disso, o antagonista opioide naloxona preveniu a atividade anticonvulsivante do Rh-1 em ratos kindled. A análise de docking também sugeriu uma interação específica dos três compostos Rh-H4 com os receptores opioides. Em conclusão, o estudo sugere que a atividade anticonvulsivante do Rh-1 pode ser mediada pelo receptor opioide, particularmente o DOR, enquanto o mecanismo subjacente ao efeito anticonvulsivante do Rh-3 parece ser mais complexo e pode envolver outros receptores. Essa pesquisa abre caminhos promissores para o desenvolvimento de novas terapias anticonvulsivantes.

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