AVC em Idosos no Brasil: Prevalência, Fatores de Risco e Desafios no Cuidado

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, representa uma das principais causas de mortalidade em idosos, especialmente quando associado a doenças cardiovasculares. Um estudo recente investigou a prevalência do AVC em pessoas com 60 anos ou mais no Brasil, analisando fatores sociodemográficos, comportamentais e de saúde relacionados à condição.

A pesquisa revelou que a prevalência de AVC na população idosa brasileira é de 5,6%. Homens, indivíduos com 70 anos ou mais, pessoas com baixa renda e sem plano de saúde apresentaram maior incidência. Além disso, o estudo identificou associações significativas entre o AVC e o tabagismo (ex-fumantes), inatividade física, excesso de peso ou obesidade, percepção de saúde ruim e a presença de comorbidades como hipertensão, diabetes, insuficiência renal, depressão e doenças cardíacas. Esses resultados ressaltam a importância de estratégias de prevenção e controle de fatores de risco modificáveis para reduzir a carga do AVC na população idosa.

Um dado preocupante revelado pelo estudo é que apenas 17% dos pacientes com AVC recebem fisioterapia, apesar de 53,7% relatarem limitações em suas atividades diárias. As práticas de cuidado mais comuns são o acompanhamento médico (60,8%), o uso de medicamentos (59,3%) e a adoção de dietas específicas (47,2%). A baixa adesão à fisioterapia evidencia a necessidade urgente de expandir o acesso a serviços de reabilitação multidisciplinar na rede de saúde, visando melhorar a qualidade de vida e a funcionalidade dos pacientes que sofreram um AVC. A reabilitação adequada é crucial para minimizar as sequelas e promover a reintegração do indivíduo à sua rotina.

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