A busca por currículos relevantes e responsivos é constante, especialmente em áreas que exigem habilidades técnicas e cognitivas elevadas, como a exodontia (extração dentária). Em um contexto onde a prevalência de doenças bucais, dores e infecções é alta, a capacidade de realizar exodontias de forma competente torna-se crucial para os profissionais da odontologia. Uma pesquisa recente avaliou um curso de exodontia, buscando aprimorar o ensino e o aprendizado nessa área vital.
O estudo, realizado em uma faculdade de odontologia na África do Sul, utilizou uma abordagem qualitativa para coletar dados através de grupos focais com estudantes de graduação, professores clínicos e dentistas. A análise dos resultados revelou que, embora os alunos estivessem satisfeitos com o conteúdo geral do curso, havia espaço para melhorias. Uma das principais recomendações foi a inclusão do uso de elevadores e luxadores como um resultado de aprendizado explícito, juntamente com uma avaliação prática adicional. Essas ferramentas são essenciais para extrações intra-alveolares, também conhecidas como extrações simples ou não cirúrgicas.
Além disso, o estudo apontou para a necessidade de padronização da terminologia e desenvolvimento de materiais didáticos locais, adequados ao contexto específico. Também foi levantada a questão das tentativas ilimitadas de avaliação, que poderiam reduzir a responsabilidade dos alunos. Para o futuro, os pesquisadores sugerem a criação de um currículo nacional baseado em competências e a realização de estudos de acompanhamento para avaliar o impacto das mudanças implementadas. A melhoria contínua do ensino de exodontia é fundamental para garantir que os profissionais da área estejam preparados para atender às necessidades da população.
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