O cuidado contínuo de filhos adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) representa um desafio significativo, especialmente para pais idosos. Um estudo recente, publicado no Western Journal of Nursing Research, investigou a relação entre a sobrecarga do cuidador e diversos fatores de saúde e bem-estar em pais com 50 anos ou mais que cuidam de filhos adultos com TEA.
A pesquisa revelou que níveis mais altos de sobrecarga estão associados a uma pior saúde percebida, menor qualidade de vida, diminuição do suporte informal disponível e maior dependência de recursos formais de assistência. O estudo, que envolveu 320 pais, utilizou análise de variância (MANOVA) para comparar os níveis de sobrecarga com os fatores mencionados. Os resultados indicaram uma correlação significativa entre a sobrecarga elevada e a saúde debilitada, a falta de suporte social e a necessidade de auxílio profissional.
Essas descobertas sublinham a importância de que enfermeiros e outros profissionais de saúde estejam atentos às necessidades específicas dos pais idosos que cuidam de adultos com autismo. A sobrecarga do cuidador pode ter um impacto profundo na saúde física e mental, afetando a capacidade de continuar prestando cuidados adequados. Intervenções direcionadas, como programas de apoio psicossocial e acesso facilitado a serviços de saúde, podem ser cruciais para mitigar os efeitos negativos da sobrecarga e melhorar a qualidade de vida tanto dos pais quanto de seus filhos com TEA. É fundamental reconhecer e abordar as necessidades desses cuidadores para garantir o bem-estar de toda a família.
Origem: Link