Exoesqueletos de Membros Superiores: Uma Análise dos Efeitos Adversos no Ambiente de Trabalho

O uso de exoesqueletos nos membros superiores tem se mostrado uma ferramenta promissora para auxiliar trabalhadores em tarefas que exigem esforço repetitivo ou sustentação de peso. No entanto, a utilização prolongada desses dispositivos pode acarretar efeitos adversos que precisam ser cuidadosamente avaliados e considerados no design e implementação dessas tecnologias.

Uma revisão abrangente da literatura científica dos últimos dez anos investigou os impactos negativos associados ao uso de exoesqueletos nos membros superiores em ambientes industriais. A análise, que seguiu as diretrizes da metodologia PRISMA®, examinou estudos indexados em importantes bases de dados como SCOPUS, Web of Science e PubMed. A seleção dos artigos foi rigorosa, garantindo a alta concordância entre os revisores, o que demonstra a seriedade e confiabilidade dos resultados obtidos.

Os resultados da revisão destacam que a eficácia dos exoesqueletos de membros superiores está intrinsecamente ligada ao ambiente de trabalho e à tarefa específica a ser realizada. Um design ergonômico adaptável, validações em campo e a criação de normas são essenciais para garantir a funcionalidade e aceitação desses dispositivos. Além disso, a pesquisa aponta que o uso de exoesqueletos tende a ativar principalmente os músculos deltóide posterior e latíssimo do dorso, enquanto reduz a atividade de outros músculos importantes, como o trapézio, peitoral maior, deltóides anterior e médio, bíceps braquial, braquiorradial e flexor carpi radialis. Essa alteração na atividade muscular pode levar a desequilíbrios e, consequentemente, a desconforto e lesões a longo prazo. Portanto, o desenvolvimento de exoesqueletos deve levar em conta a necessidade de um design que promova a distribuição equilibrada da carga muscular, minimizando os riscos de efeitos adversos e maximizando os benefícios para o trabalhador.

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