A doença renal crônica (DRC) e o tratamento por hemodiálise (HD) impõem desafios significativos ao bem-estar físico, psicológico e social dos pacientes. Estudos recentes têm demonstrado uma forte ligação entre o estado emocional dos pacientes em hemodiálise e a intensidade dos sintomas que eles experimentam. Compreender essa relação é crucial para oferecer um cuidado mais completo e eficaz.
Uma pesquisa multicêntrica realizada em Madri, Espanha, analisou a relação entre perfis emocionais e a presença de sintomas em pacientes submetidos à hemodiálise. O estudo, que envolveu 245 participantes, revelou que pacientes com perfil de tristeza e depressão apresentavam maior probabilidade de sentir fraqueza e falta de energia, além de intensos sentimentos de depressão. Já aqueles com perfil de raiva e hostilidade demonstravam uma associação significativa com dores e sonolência excessiva. Esses resultados sugerem que emoções negativas podem exacerbar certos sintomas, impactando negativamente a qualidade de vida.
Essas descobertas reforçam a importância de abordar a saúde mental como parte integrante do tratamento da DRC. Intervenções que visam melhorar o bem-estar emocional, como terapia cognitivo-comportamental ou grupos de apoio, podem ajudar os pacientes a lidar com as dificuldades emocionais associadas à doença e ao tratamento. Ao reconhecer e tratar os aspectos emocionais, os profissionais de saúde podem contribuir para a redução dos sintomas debilitantes e promover uma melhor qualidade de vida para os pacientes em hemodiálise. Estratégias que incentivem emoções positivas e o desenvolvimento de resiliência também podem ser importantes para proteger os pacientes do impacto negativo dos sintomas.
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