A enxaqueca crônica refratária, uma condição debilitante que não responde aos tratamentos convencionais, pode encontrar alívio na estimulação do nervo occipital (ENO). Essa técnica, que envolve a implantação de um dispositivo para estimular os nervos na parte de trás da cabeça, tem se mostrado promissora na redução da intensidade da dor, frequência das crises e uso de medicamentos em pacientes selecionados.
Um estudo recente investigou o papel de perfis psicológicos na previsão dos resultados da ENO em pacientes com enxaqueca crônica refratária. A pesquisa analisou dados de pacientes tratados com ENO e avaliados através do Inventário Multifásico de Personalidade de Minnesota-2 (MMPI-2) antes do procedimento. Os resultados indicaram que a ENO reduziu significativamente a intensidade da dor, o número de crises de dor de cabeça por mês e o consumo de medicamentos após 6 e 12 meses. No entanto, o estudo também revelou que a pontuação de Depressão no MMPI-2 foi um preditor independente de falha da ENO, apontando para a importância de avaliações psicológicas abrangentes na seleção de pacientes para esse tratamento.
Esses achados ressaltam que, embora a ENO possa ser uma opção eficaz para alguns pacientes com enxaqueca crônica refratária, a avaliação psicológica prévia é crucial. A identificação de traços de depressão, através de ferramentas como o MMPI-2, pode auxiliar os médicos a selecionar os candidatos mais adequados para a ENO, evitando procedimentos desnecessários e otimizando os resultados do tratamento. A compreensão da saúde mental do paciente é, portanto, um componente vital no manejo da enxaqueca crônica refratária e na tomada de decisões sobre intervenções como a estimulação do nervo occipital.A avaliação psicológica prévia é crucial.
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