Ultrassom Pulmonar e Reabilitação: Impacto na Esclerose Sistêmica

A esclerose sistêmica (ES) é uma doença autoimune que pode afetar diversos órgãos, incluindo os pulmões. Uma complicação comum é a doença pulmonar intersticial (DPI), que dificulta a respiração e reduz a qualidade de vida. Pesquisadores têm investigado o uso do ultrassom pulmonar (US) como ferramenta para identificar e monitorar a DPI associada à ES (ES-DPI).

Um estudo recente avaliou o impacto de um programa de reabilitação guiado por fisioterapia (PRGF) nos sinais de US em mulheres com ES, tanto com quanto sem DPI. A pesquisa, de natureza quase-experimental e longitudinal, acompanhou 33 mulheres e observou mudanças nos sinais de US em 22 participantes, especialmente em relação às chamadas linhas B. As linhas B são artefatos no ultrassom que podem indicar a presença de líquido nos pulmões, um sinal de inflamação ou fibrose. O estudo revelou uma redução nas linhas B após a implementação do PRGF, principalmente no grupo de mulheres com ES-DPI.

Os resultados sugerem que o US pode ser uma ferramenta útil para avaliar as mudanças pulmonares antes e depois de um programa de reabilitação em pessoas com ES, especialmente aquelas com DPI. A melhora nos sinais de US após o PRGF indica que a reabilitação pode ter um impacto positivo na estrutura pulmonar e na função respiratória desses pacientes. Essa abordagem não farmacológica representa uma estratégia complementar promissora para o tratamento da ES, auxiliando no monitoramento da progressão da doença e na otimização dos cuidados.

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