Um estudo recente desenvolveu gráficos de crescimento específicos para meninas brasileiras com Síndrome de Turner (ST) que não foram tratadas com hormônio do crescimento (GH) ou oxandrolona. Essa ferramenta é crucial para monitorar adequadamente o crescimento e o ganho de peso nessas pacientes, além de auxiliar no diagnóstico precoce de comorbidades associadas à síndrome.
A pesquisa, de caráter longitudinal, acompanhou 259 meninas com diagnóstico citogenético de ST, nascidas entre 1957 e 2014, e avaliadas entre 1975 e 2019. Foram utilizadas 3.160 medições de altura e 2.918 de peso para calcular o Índice de Massa Corporal (IMC). A análise dos dados foi realizada utilizando o pacote “GAMLSS” do software “R”. A altura média das pacientes com ST aos 20 anos foi de 145,6 cm.
Os gráficos de altura, peso e IMC por idade, criados para meninas com ST entre 2 e 20 anos, representam um avanço significativo no acompanhamento da saúde dessas pacientes. Ao comparar o crescimento individual com os padrões estabelecidos, os médicos podem identificar desvios e intervir precocemente, otimizando o tratamento e a qualidade de vida. Além disso, os gráficos permitem verificar o efeito de tratamentos adjuvantes na promoção do crescimento, oferecendo um guia valioso para decisões clínicas informadas. A criação desses gráficos é de grande importância para a comunidade médica brasileira, oferecendo uma ferramenta específica e adaptada à população local para o acompanhamento do crescimento de meninas com Síndrome de Turner.
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