O hipotireoidismo congênito (HC) é uma condição que afeta recém-nascidos, caracterizada pela produção insuficiente de hormônios da tireoide. A detecção e o tratamento precoces são cruciais para minimizar o impacto no desenvolvimento da criança. Um estudo recente investigou a relação entre a idade do início do tratamento, a severidade da condição (medida pelos níveis de TSH) e o risco de atraso no desenvolvimento de bebês com HC.
A pesquisa, realizada em um centro de referência brasileiro, avaliou o desempenho de 77 bebês com HC utilizando o Teste de Triagem Bayley-III. Os resultados indicaram que bebês com HC apresentam um risco maior de desempenho abaixo do esperado em áreas como cognição, linguagem receptiva e habilidades motoras (finas e grossas). Esse risco se mostrou ainda mais elevado em bebês com níveis de TSH mais altos (acima de 30 μUI/L) no teste confirmatório, o que sugere uma correlação entre a gravidade do hipotireoidismo e o impacto no desenvolvimento.
Os resultados do estudo reforçam a importância do monitoramento contínuo do desenvolvimento de crianças com HC, especialmente aquelas com níveis elevados de TSH no diagnóstico. A detecção precoce de atrasos e a implementação de programas de intervenção são fundamentais para otimizar o desenvolvimento cognitivo, linguístico e motor desses bebês, garantindo-lhes melhores oportunidades de crescimento e aprendizado. A triagem neonatal é essencial para identificar o HC o mais cedo possível, permitindo o tratamento imediato e minimizando as possíveis sequelas. O acompanhamento médico regular e a intervenção precoce são as melhores ferramentas para garantir um futuro saudável e pleno para as crianças com hipotireoidismo congênito.
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