A fisioterapia desempenha um papel crucial no cuidado de idosos em lares de longa permanência, abordando uma variedade de problemas funcionais e de saúde. Um estudo recente investigou a percepção dos fisioterapeutas sobre sua atuação nesses ambientes, revelando um consenso sobre a importância de seu trabalho, mas também apontando para uma discrepância entre o que deveria ser feito e o que realmente é realizado.
A pesquisa, conduzida por meio de questionários com fisioterapeutas atuantes em lares de idosos, explorou diversas áreas, incluindo a prevenção de quedas, problemas de mobilidade, manejo da dor, prevenção de lesões por esforço repetitivo e o tratamento de condições como sarcopenia (perda de massa muscular) e contraturas articulares. Os resultados indicaram que os profissionais reconhecem a relevância de sua intervenção nessas questões, concordando que a fisioterapia é fundamental para melhorar a qualidade de vida e a funcionalidade dos residentes.
No entanto, o estudo também revelou uma lacuna significativa entre o ideal e a prática. Embora os fisioterapeutas concordem sobre a importância de sua atuação em diversas áreas, nem sempre conseguem implementar as intervenções necessárias. Essa inconsistência pode ser atribuída a diversos fatores, como falta de recursos, sobrecarga de trabalho, limitações estruturais e até mesmo divergências na compreensão do papel da fisioterapia dentro da equipe multidisciplinar. Investigações futuras são necessárias para identificar as causas subjacentes a essa discrepância e encontrar soluções para otimizar a atuação dos fisioterapeutas em lares de idosos, garantindo um cuidado mais eficaz e abrangente para essa população vulnerável.
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