Lesão do Ligamento Cruzado Anterior: Continuidade no MRI e Resultados a Longo Prazo

Um novo estudo investigou a relação entre a continuidade do Ligamento Cruzado Anterior (LCA) observada em ressonância magnética (MRI) e os resultados relatados por pacientes 11 anos após uma lesão aguda. A pesquisa, publicada no American Journal of Sports Medicine, analisou dados de um ensaio clínico randomizado para entender melhor como a cicatrização do LCA, visível em exames de imagem, se correlaciona com a saúde do joelho a longo prazo.

O estudo acompanhou adultos com rupturas agudas do LCA, que foram submetidos a terapia com exercícios e, opcionalmente, reconstrução cirúrgica do LCA (ACLR) precoce ou tardia. Após 5 anos, a continuidade do LCA foi avaliada por MRI. Onze anos após a lesão inicial, os participantes responderam a questionários sobre a saúde do joelho (KOOS4), qualidade de vida, nível de atividade e novas lesões no joelho. Os pesquisadores também avaliaram a frouxidão do joelho e a presença de osteoartrite.

Os resultados mostraram que a continuidade do LCA após 5 anos, em pacientes tratados conservadoramente, pode estar associada a piores resultados relatados pelos pacientes após 11 anos, em comparação com aqueles que realizaram a reconstrução do LCA, tanto precoce quanto tardia. A análise também revelou que a proporção de pacientes com osteoartrite tibiofemoral variou entre os grupos, sendo menor no grupo com continuidade do LCA. Esses achados sugerem que a simples presença de um LCA aparentemente íntegro na ressonância magnética não garante necessariamente uma melhor função ou menos dor a longo prazo e que a intervenção cirúrgica pode ser benéfica em certos casos. Mais pesquisas são necessárias para entender completamente essa relação complexa.

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