A relação entre dor musculoesquelética crônica (DMC) e problemas de sono é complexa e frequentemente observada. Indivíduos que sofrem de dor crônica muitas vezes enfrentam dificuldades para adormecer, manter o sono ou ter um sono reparador. No entanto, a pesquisa nessa área tem sido desafiada pela falta de padronização na forma como os problemas de sono são definidos e medidos.
Um estudo recente analisou 225 pesquisas sobre DMC e sono, identificando 39 terminologias diferentes usadas para descrever problemas de sono, com 326 definições distintas. Termos como “insônia”, “qualidade do sono ruim” e “distúrbio do sono” foram os mais comuns, mas suas definições variaram amplamente entre os estudos. Por exemplo, a insônia foi avaliada usando diferentes questionários, critérios diagnósticos e avaliações baseadas em sintomas. Essa inconsistência dificulta a comparação dos resultados de diferentes estudos e a obtenção de conclusões claras sobre a relação entre sono e dor.
A pesquisa também apontou para o uso sobreposto de ferramentas de avaliação, como o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh, que foi utilizado para medir sete terminologias diferentes. Essa falta de clareza e padronização pode obscurecer as ligações entre sono e dor, além de dificultar a avaliação da eficácia de intervenções para melhorar o sono em pessoas com DMC. O estudo enfatiza a necessidade de maior consenso sobre a terminologia e as abordagens de medição para avançar na compreensão e no tratamento da relação entre sono e dor crônica.
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