A estimulação da medula espinhal (EME), utilizada desde a década de 1960 para tratar dores intratáveis, raramente apresenta hipersensibilidade a dispositivos implantados como geradores de pulso, eletrodos e cabos, como efeito colateral. Um estudo de caso recente investigou um paciente que desenvolveu dermatite de contato sistêmica após a inserção de um dispositivo de EME, oferecendo insights sobre prevenção e tratamento.
O paciente, um homem de 50 anos, foi diagnosticado com síndrome da dor regional complexa após sofrer uma fratura e entorse no tornozelo esquerdo. Apesar de anos de medicação e bloqueios nervosos, a dor persistia. A EME foi implantada para controlar a dor na perna, e o paciente recebeu alta sem efeitos colaterais imediatos. No entanto, ele retornou com queixas de coceira intensa que se espalhou para os braços, pescoço e escroto. Um dermatologista diagnosticou dermatite de contato, prescrevendo medicamentos para aliviar os sintomas. A coceira, entretanto, continuou a piorar, exigindo a adição de medicamentos mais fortes e acompanhamento contínuo em um departamento de dor e dermatologia.
Este caso destaca a importância de considerar a hipersensibilidade a materiais implantáveis antes da realização da EME. A dermatite de contato sistêmica, como demonstrado neste caso, pode ser difícil de tratar e, em alguns casos, pode exigir a remoção do dispositivo. A triagem cuidadosa dos pacientes, incluindo a análise do histórico médico e testes de contato (patch tests), pode ajudar a identificar indivíduos com maior risco de desenvolver essa complicação. A identificação precoce e o tratamento adequado são cruciais para minimizar o desconforto do paciente e evitar a necessidade de intervenções mais invasivas. A conscientização sobre essa possível complicação é fundamental para os profissionais de saúde que realizam a EME, garantindo um cuidado mais seguro e eficaz para os pacientes.
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