Estudos recentes em neurofisiologia têm demonstrado a importância da atividade theta frontal na linha média (FMT) para o aprendizado motor. Um dos grandes desafios nessa área é compreender por que as pessoas aprendem habilidades motoras em ritmos diferentes. Um estudo recente investigou os mecanismos neurais por trás dessas variações individuais.
A pesquisa envolveu a análise da atividade cerebral de 21 participantes saudáveis por meio de eletroencefalograma (EEG) durante uma tarefa de rastreamento visuomotor. O objetivo era verificar se a modulação da potência FMT e a sincronização da fase theta entre as tentativas poderiam explicar as diferenças na capacidade de aprendizado. Os resultados revelaram uma correlação positiva significativa entre o aumento da potência FMT durante a preparação motora e a velocidade de aprendizado. Em outras palavras, participantes com maior potência FMT demonstraram um aprendizado mais rápido da tarefa.
Curiosamente, a consistência da fase theta durante a preparação motora não apresentou correlação significativa com a proficiência no aprendizado. Esses achados sugerem que a potência FMT, e não a sincronia de fase, está intimamente ligada à eficiência do aprendizado motor. Essa descoberta oferece uma nova perspectiva sobre as causas das diferenças individuais no aprendizado motor e reforça evidências anteriores que demonstram a contribuição da potência FMT para os processos de aprendizado motor. Compreender esse mecanismo pode abrir caminhos para intervenções que visem otimizar o aprendizado de novas habilidades motoras, como em reabilitação após um AVC ou no treinamento de atletas.
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