Autismo e Sintomas Somáticos Funcionais: Desafios no Cuidado de Qualidade

Crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) frequentemente manifestam sintomas somáticos funcionais (SSF), cuja origem nem sempre é clara. Esses sintomas, que incluem dores, fadiga e problemas gastrointestinais sem uma causa médica identificável, podem ser intensificados por fatores biológicos e psicológicos, tanto individuais quanto familiares.

Um estudo recente explorou essa complexa relação, destacando como a alexitimia (dificuldade em identificar e expressar emoções) e a ansiedade relacionada à saúde, por exemplo, podem exacerbar os SSF em indivíduos com TEA. Essa intensificação, por sua vez, pode levar a intervenções médicas excessivas e desnecessárias, gerando custos e riscos adicionais para o paciente. A pesquisa apontou que a má interpretação dos sintomas por cuidadores e profissionais de saúde é um fator contribuinte para a medicalização inadequada.

A análise enfatiza a importância de uma abordagem biopsicossocial abrangente no tratamento de SSF em pessoas com TEA. Essa abordagem considera não apenas os aspectos biológicos, mas também os fatores psicológicos e familiares que influenciam a manifestação e a percepção dos sintomas. Intervenções direcionadas que abordem essas influências podem melhorar a qualidade do cuidado e reduzir o uso desnecessário de serviços de saúde, beneficiando tanto o paciente quanto o sistema de saúde como um todo. A pesquisa futura deve se concentrar no desenvolvimento e na avaliação de tais intervenções.

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