Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) frequentemente apresentam padrões alimentares distintos, tendendo a consumir menos alimentos saudáveis em comparação com crianças em desenvolvimento típico. Esta realidade, combinada com os efeitos negativos de uma dieta inadequada, ressalta a importância de estratégias eficazes para promover a seleção de alimentos mais nutritivos neste grupo.
Um estudo recente investigou como a manipulação do tempo de espera pela recompensa (no caso, o acesso a um petisco) influencia a escolha entre um lanche menos saudável e uma fruta. Os participantes foram colocados em uma situação onde podiam escolher entre um snack e uma fruta, e os pesquisadores gradualmente aumentaram o tempo de espera para receber o snack. O objetivo era observar se um atraso maior no acesso ao snack menos saudável poderia incentivar a escolha da fruta, promovendo assim uma alimentação mais saudável.
Os resultados mostraram que, para alguns participantes, o tempo de espera influenciou significativamente a escolha. Em um dos casos, a preferência mudou do snack para a fruta quando o tempo de espera para o snack atingiu 30 segundos. Em outros dois casos, a mudança ocorreu com um tempo de espera de 60 segundos. Isso sugere que, ao manipular o tempo de acesso a recompensas alimentares, é possível aumentar a probabilidade de crianças com TEA optarem por alimentos mais saudáveis. Essa abordagem pode ser uma ferramenta valiosa para pais e terapeutas que buscam melhorar os hábitos alimentares de crianças no espectro autista, promovendo uma nutrição mais equilibrada e um melhor bem-estar geral. É importante notar que a resposta ao tempo de espera pode variar entre indivíduos, indicando a necessidade de abordagens personalizadas.
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