Foco Interno na Musculação: Impacto na Ativação Muscular e Percepção de Esforço

A busca por otimizar o desempenho nos exercícios de musculação é constante. Uma das estratégias utilizadas é o foco da atenção, que pode ser interno (IF), direcionando a mente para os músculos que estão sendo trabalhados, ou externo, concentrando-se no movimento em si ou em um ponto fora do corpo. Um estudo recente investigou o efeito do foco interno na atividade eletromiográfica (EMG) e na taxa de percepção de esforço (RPE) durante o supino.

O estudo envolveu 13 voluntários que realizaram quatro sessões de supino. A primeira sessão foi executada sem foco interno, enquanto as sessões subsequentes foram realizadas com foco interno no músculo peitoral maior (PM). Os pesquisadores analisaram a atividade EMG do PM e do tríceps braquial (TB), bem como a RPE dos participantes. Surpreendentemente, os resultados não mostraram diferenças significativas na atividade EMG entre as sessões, indicando que o foco interno não aumentou a ativação muscular de forma cumulativa. Além disso, a RPE também não foi afetada pelo foco interno ao longo das sessões.

Esses achados sugerem que o foco interno pode não ser tão eficaz quanto se pensava para aumentar a ativação muscular e a percepção de esforço no supino, pelo menos nas condições testadas no estudo. Os autores do estudo levantam a hipótese de que a experiência prévia dos participantes com o foco interno e a forma como as instruções foram dadas podem ter influenciado os resultados. Mais pesquisas são necessárias para explorar o papel do foco interno em diferentes exercícios e populações, a fim de determinar se essa estratégia pode realmente contribuir para melhorar o desempenho e os resultados na musculação.

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