A fragilidade em idosos é um problema de saúde pública significativo, associado à redução da capacidade de resposta do organismo e maior vulnerabilidade a estresses. Essa condição aumenta o risco de quedas, hospitalizações, incapacidade e mortalidade. A identificação precoce e o manejo adequado da fragilidade são cruciais para melhorar a qualidade de vida e reduzir os custos com saúde.
Um estudo recente avaliou a eficácia de um aplicativo móvel, o PowerFrail, combinado com exames de composição corporal, na detecção da fragilidade em idosos. O estudo analisou dados de 94 participantes entre 70 e 80 anos, utilizando absorciometria de raios X de dupla energia (DXA), análise de impedância bioelétrica (BIA) e ultrassonografia muscular (US) para avaliar a composição corporal. Os participantes foram classificados como frágeis, pré-frágeis ou robustos com base nas avaliações do aplicativo PowerFrail.
Os resultados indicaram que variáveis da composição corporal, como o ângulo de fase de corpo inteiro (WBPhA) medido por BIA, a massa magra da perna direita (LeanM RL) e a espessura muscular medida por ultrassonografia, são preditores eficazes da fragilidade em idosos. O aplicativo PowerFrail, ao integrar a avaliação da força muscular e fornecer recomendações personalizadas de atividade física, mostrou-se uma ferramenta prática e não invasiva para a detecção precoce da fragilidade em ambientes de atenção primária. A integração dessas ferramentas tecnológicas pode aprimorar a identificação e o manejo da fragilidade, melhorando assim os resultados de saúde na população idosa.
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