Leucemia Linfoblástica Aguda: Estudo Revela Impacto Neurocognitivo em Crianças no Início do Tratamento

Um estudo recente investigou o funcionamento neurocognitivo em crianças diagnosticadas com Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) durante o primeiro mês de quimioterapia de indução. A pesquisa, conduzida pelo Dana Farber Cancer Institute ALL Consortium, analisou dados de 330 pacientes participantes do protocolo 16-001, com o objetivo de identificar possíveis associações entre a função cognitiva e fatores como idade, sexo, risco de recaída, nível de escolaridade materna, dificuldades materiais familiares e estresse oxidativo.

Os resultados indicaram que a maioria das crianças avaliadas apresentava desempenho dentro dos limites normais para sua faixa etária. No entanto, o estudo identificou subgrupos que apresentavam atrasos neurocognitivos no início do tratamento, com base em idade, sexo e classificação de risco da LLA. Especificamente, observou-se uma relação linear entre o aumento da idade e um desempenho mais fraco na velocidade psicomotora, atenção e memória de trabalho. Meninos demonstraram maior velocidade psicomotora, enquanto meninas exibiram melhor aprendizado visual. Além disso, um maior risco de recaída foi associado à menor velocidade psicomotora e atenção.

Curiosamente, o estudo não encontrou relação entre a função neurocognitiva e o nível de escolaridade materna, dificuldades materiais familiares ou estresse oxidativo na linha de base. Essa descoberta sugere que as avaliações subsequentes podem identificar o surgimento de déficits como resultado da exposição ao tratamento médico, sem a influência desses fatores preexistentes. Os achados ressaltam a importância do monitoramento contínuo da função neurocognitiva em crianças com LLA, a fim de compreender melhor o impacto da terapia e desenvolver intervenções personalizadas para otimizar os resultados a longo prazo. O estudo aponta para a necessidade de acompanhamento para verificar se o tratamento oncológico impacta áreas específicas do desenvolvimento em pacientes infantojuvenis.

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