Um estudo recente publicado na revista Frontiers in Psychiatry investigou a relação entre experiências positivas na infância (PCEs), traços de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e comportamentos suicidas em jovens japoneses. A pesquisa revelou que PCEs desempenham um papel crucial na mitigação do risco de suicídio, especialmente em indivíduos com traços de TDAH.
O estudo, que envolveu 5.000 participantes entre 16 e 25 anos, utilizou escalas validadas para medir traços de TEA, TDAH, PCEs e comportamentos relacionados ao suicídio, como ideação suicida e tentativas. Os resultados mostraram que traços de TEA e TDAH estavam positivamente associados à ideação suicida, com os maiores riscos observados em indivíduos com níveis elevados de ambos os traços. No entanto, a presença de PCEs demonstrou uma associação negativa significativa com a ideação suicida, indicando que indivíduos com mais PCEs relataram níveis mais baixos de ideação suicida.
Ademais, o estudo revelou que PCEs reduziram a força das associações dos traços de TEA e TDAH com a ideação suicida. A análise demonstrou que o efeito protetor das PCEs na ideação suicida foi particularmente forte entre indivíduos com altos níveis de traços de TDAH. Isso sugere que cultivar PCEs pode ser uma estratégia eficaz para promover a resiliência e a saúde mental em populações vulneráveis, ajudando a regular as emoções e a impulsividade, fatores que podem contribuir para comportamentos suicidas. Esses achados ressaltam a importância de intervenções direcionadas que foquem no fortalecimento das PCEs como forma de prevenir o suicídio, especialmente em jovens com traços de neurodivergência.
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