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Um estudo recente publicado no Journal of Autism and Developmental Disorders investigou as perspectivas de profissionais da educação sobre relacionamentos românticos entre adolescentes autistas. A pesquisa buscou compreender como esses profissionais percebem a capacidade dos adolescentes autistas de formar e manter relacionamentos, bem como o papel do sistema educacional no fornecimento de conhecimento e habilidades relevantes.

A pesquisa, realizada em Israel, envolveu entrevistas com 20 membros da equipe educacional de escolas de educação especial. A análise temática das entrevistas revelou quatro temas principais: atitudes estigmatizantes em relação à capacidade de adolescentes autistas de desenvolver relacionamentos românticos, a priorização da educação sexual preventiva, as implicações comportamentais da negligência educacional e práticas recomendadas. Os resultados indicam que ainda existem preconceitos significativos que podem limitar as oportunidades de adolescentes autistas explorarem e vivenciarem relacionamentos.

O estudo destaca a necessidade de mudanças em níveis macro e micro, incluindo o desenvolvimento de um currículo adaptado que veja os relacionamentos românticos como positivos e construtivos, além da eliminação de percepções estigmatizantes entre os profissionais da educação. Outra recomendação crucial é fornecer aos educadores o preparo emocional e prático necessário para abordar a questão dos relacionamentos românticos em sala de aula, capacitando-os a oferecer suporte e orientação adequados aos alunos autistas. A pesquisa ressalta a importância de reconhecer e respeitar o direito dos adolescentes autistas a relacionamentos, conforme preconizado pelo Artigo 23 da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CRPD).

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