Saúde Desvendada

Seu local de informações de saúde

A cirurgia de ressecção anterior baixa com preservação do esfíncter (SSLAR) é uma técnica utilizada para tratar o câncer retal baixo, buscando evitar a necessidade de uma colostomia permanente. No entanto, muitos pacientes que se submetem a esse procedimento desenvolvem a Síndrome da Ressecção Anterior Baixa (LARS), caracterizada por sintomas como urgência fecal, incontinência e sensação de evacuação incompleta. Essa condição pode impactar significativamente a qualidade de vida dos pacientes, tornando crucial a identificação e o tratamento adequados.

Um estudo recente avaliou a eficácia de medidas fisioterapêuticas específicas no tratamento da LARS após a SSLAR. Os resultados indicaram que cerca de metade dos pacientes submetidos à cirurgia experimentam a LARS, com um terço desenvolvendo a forma mais grave da síndrome. A boa notícia é que a fisioterapia pélvica demonstrou melhorar significativamente os escores da LARS, reduzindo a severidade dos sintomas. As intervenções fisioterapêuticas podem incluir exercícios para fortalecer os músculos do assoalho pélvico, biofeedback e eletroestimulação, visando restaurar a função intestinal e o controle esfincteriano.

Diante dos resultados promissores, a fisioterapia especializada foi implementada como um procedimento padrão para todos os pacientes submetidos à SSLAR em uma instituição. A avaliação da LARS é realizada através de um questionário padronizado, o LARS Score, que auxilia na identificação da gravidade dos sintomas e no direcionamento do tratamento. É importante ressaltar que, embora fatores como idade, gênero, diabetes ou tabagismo não tenham se mostrado preditores da LARS, a intervenção precoce com fisioterapia pode fazer uma grande diferença na recuperação e no bem-estar dos pacientes. Se você passou por uma SSLAR e está enfrentando sintomas relacionados à LARS, procure um especialista para avaliar o seu caso e indicar o tratamento mais adequado.

Origem: Link

Deixe comentário