A teleconsulta em fisioterapia tem ganhado espaço, mas a falta de treinamento adequado para os profissionais é um obstáculo. Um estudo australiano investigou as competências necessárias e os requisitos de treinamento para fisioterapeutas que atuam em ambientes públicos de saúde, visando otimizar o atendimento via telemedicina.
A pesquisa, realizada em múltiplas etapas, envolveu fisioterapeutas com experiência em teleconsulta. Inicialmente, foi estabelecido um consenso sobre as principais áreas de competência, resultando em 53 itens distribuídos em oito domínios cruciais, como conformidade com normas, privacidade e confidencialidade do paciente, segurança do paciente, habilidades tecnológicas, entrega da teleconsulta, avaliação e diagnóstico, planejamento e gestão do cuidado, e acesso e equidade. Posteriormente, os participantes avaliaram seus conhecimentos e confiança em cada um desses itens. Os resultados mostraram que as habilidades tecnológicas eram a área com menor confiança, enquanto a entrega da teleconsulta era a área com maior autoconfiança. Grupos focais identificaram habilidades tecnológicas, gerenciamento de riscos (segurança do paciente) e suporte especializado como áreas prioritárias para treinamento.
O estudo concluiu que fisioterapeutas identificaram competências adicionais de treinamento local para complementar o conjunto de 53 itens. A adoção de uma abordagem sequencial, com múltiplos métodos e participativa, produziu um modelo de pacote de treinamento adequado para implementação em um ambiente ambulatorial público. A pesquisa destaca a importância de um treinamento bem estruturado e focado nas necessidades dos profissionais para garantir a qualidade e a segurança do atendimento fisioterapêutico por teleconsulta, principalmente no que tange ao domínio tecnológico, essencial para o sucesso da modalidade.
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