A prática de atividade física é fundamental para a saúde física e mental, e isso se estende às pessoas com autismo. No entanto, indivíduos autistas frequentemente enfrentam desafios únicos para se engajarem em atividades físicas regulares. Uma revisão sistemática recente analisou intervenções voltadas para promover a atividade física nessa população, buscando identificar as técnicas e abordagens mais eficazes.
O estudo analisou 33 intervenções, focando tanto em crianças quanto em adultos com autismo. Os resultados apontam que intervenções adaptadas e baseadas em teorias comportamentais apresentam um grande potencial. As adaptações específicas para o autismo, como considerar as sensibilidades sensoriais e criar ambientes estruturados, demonstraram ser particularmente importantes para o sucesso das intervenções. Em adultos, o estabelecimento de metas e o ensaio comportamental surgiram como técnicas promissoras, enquanto em crianças, a demonstração e o reforço foram considerados eficazes.
Embora o uso de teorias de mudança de comportamento não tenha apresentado uma associação significativa com o sucesso das intervenções, os pesquisadores enfatizam a importância de pesquisas futuras priorizarem designs de alta qualidade, o envolvimento significativo de pessoas autistas e a aplicação rigorosa da teoria comportamental. A compreensão das necessidades e características específicas das pessoas com autismo é crucial para o desenvolvimento de estratégias de promoção de atividade física eficazes e inclusivas, visando melhorar a qualidade de vida e o bem-estar geral dessa população. Técnicas como considerar estímulos sensoriais e estruturar atividades são essenciais para o engajamento e a manutenção da prática de exercícios.
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