A incivilidade no ambiente de trabalho, que engloba comportamentos rudes e desrespeitosos, tem se mostrado um problema crescente em diversas profissões, inclusive na área da saúde. Um estudo recente explorou os efeitos do assédio moral na vida de fisioterapeutas, revelando um impacto significativo tanto em sua trajetória profissional quanto em seu bem-estar pessoal.
A pesquisa, que utilizou uma abordagem mista com questionários e análise temática de respostas abertas, descobriu que a incivilidade afeta fisioterapeutas em diferentes estágios de suas carreiras. Curiosamente, homens na faixa salarial 5 (Band 5) relataram experimentar níveis mais elevados de incivilidade em comparação com outros grupos, como mulheres nas faixas salariais 6 e 7, e homens nas faixas 6 e 8. As análises qualitativas identificaram temas como a complexidade do trabalho em saúde como raiz da incivilidade, as diversas formas como ela se manifesta no ambiente de trabalho, o impacto negativo sobre os indivíduos e organizações, e as estratégias para mitigar o problema.
Esses resultados destacam a importância de abordar a questão da incivilidade na fisioterapia e em outras áreas da saúde. Criar um ambiente de trabalho mais respeitoso e acolhedor pode contribuir para a satisfação profissional dos fisioterapeutas, reduzir o estresse e o burnout, e, consequentemente, melhorar a qualidade do atendimento aos pacientes. A implementação de políticas de tolerância zero para comportamentos inadequados, a promoção de treinamentos sobre comunicação eficaz e respeito mútuo, e o incentivo à cultura de apoio e colaboração são medidas essenciais para combater a incivilidade e promover um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo para todos os profissionais da área.
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