Intervenção Precoce Aumenta a Atenção Conjunta em Crianças Autistas

Um estudo recente publicado na revista European Child & Adolescent Psychiatry investigou o impacto da intervenção precoce no desenvolvimento da atenção conjunta reativa (AJR) em crianças em idade pré-escolar com autismo. A AJR, que se refere à capacidade de compartilhar a atenção em um alvo indicado, é frequentemente atenuada em crianças autistas em comparação com seus pares não autistas com habilidades cognitivas semelhantes. Essa dificuldade na AJR é um foco comum em programas de intervenção precoce.

A pesquisa avaliou a eficácia de uma intervenção comportamental de desenvolvimento naturalística chamada A-FFIP, comparando-a com a intervenção precoce padrão (EIAU). Os resultados demonstraram que o grupo que recebeu a intervenção A-FFIP apresentou um aumento significativo na probabilidade de AJR, tanto no final da intervenção (após 12 meses) quanto no acompanhamento (após 36 meses). Interessantemente, essa melhora na AJR previu uma melhor capacidade de resposta social no acompanhamento de 36 meses, sugerindo um impacto a longo prazo.

Além disso, o estudo explorou o papel da regulação da excitação como um possível mecanismo mediador. Observou-se que um tamanho de pupila maior no início dos testes estava associado a uma menor probabilidade de AJR, indicando que a regulação da excitação pode influenciar a capacidade de uma criança autista de se envolver na atenção conjunta. A intervenção A-FFIP parece ter um efeito positivo na regulação da excitação, contribuindo para o aumento da AJR e, consequentemente, para a melhora da capacidade de resposta social. Esses achados destacam a importância da intervenção precoce e da consideração da regulação da excitação no tratamento de crianças autistas.

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