A articulação temporomandibular (ATM), responsável pelos movimentos da mandíbula, e a coluna cervical, que sustenta a cabeça e permite a mobilidade do pescoço, estão intimamente ligadas por complexas conexões anatômicas e biomecânicas. Essa relação significa que problemas em uma área podem afetar a outra, levando a dores de cabeça, dores no pescoço, dificuldades para mastigar e outros sintomas desconfortáveis. Entender essa interação é crucial para um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz de diversas condições musculoesqueléticas.
Um estudo recente analisou diversas pesquisas que investigaram simultaneamente a mobilidade da ATM e da coluna cervical. Os métodos de avaliação variaram consideravelmente entre os estudos. Para a ATM, foram utilizados desde réguas e paquímetros para medições lineares até equipamentos mais sofisticados, como o axiógrafo digital Zebris. Já para a coluna cervical, o exame da amplitude de movimento cervical e o uso de inclinômetros foram as técnicas mais comuns. A abertura máxima da boca foi o movimento da ATM mais frequentemente avaliado, enquanto a flexão e extensão da coluna cervical foram os movimentos mais analisados nesse segmento.
Apesar dos esforços para compreender a relação entre a ATM e a coluna cervical, a pesquisa apontou para uma grande inconsistência metodológica entre os estudos. Diferenças nos equipamentos utilizados, nos protocolos de avaliação e na falta de consideração de fatores como idade e sexo dificultam a comparação dos resultados e a elaboração de conclusões definitivas. A pesquisa conclui que são necessários mais estudos com metodologias padronizadas para aprofundar o conhecimento sobre a interação entre a ATM e a coluna cervical e, assim, desenvolver protocolos de avaliação mais precisos e tratamentos mais eficazes para os problemas relacionados a essas estruturas. A padronização dos métodos de avaliação é fundamental para garantir resultados comparáveis e melhorar a qualidade do atendimento aos pacientes.
Origem: Link