A pesquisa sobre traços autistas (TA) tem se expandido significativamente nas últimas décadas, abrangendo diversas disciplinas como psicologia e educação. Um estudo recente utilizou a análise visual, através do software CiteSpace, para mapear o conhecimento existente e identificar as áreas de maior interesse e os principais avanços no campo entre 1997 e 2024.
A análise, baseada em mais de mil artigos acadêmicos indexados na Web of Science Core Collection (WOSCC), revelou uma tendência crescente no número de publicações sobre o tema. Países como Inglaterra, Estados Unidos e Austrália se destacam como líderes na produção científica sobre traços autistas. Entre as instituições, a Universidade de Londres tem se mostrado um centro de pesquisa proeminente, contribuindo de forma substancial para o avanço do conhecimento. O Journal of Autism and Developmental Disorders é apontado como o periódico mais relevante para a divulgação de estudos nesta área.
Além do aumento quantitativo, a pesquisa demonstra uma evolução na abordagem dos traços autistas. As dimensões de estudo se estendem além dos aspectos comportamentais, genéticos, cognitivos e neurais, passando a considerar também fatores ambientais e hormonais. A população estudada também se diversificou, abrangendo desde gêmeos e a população em geral até grupos específicos, como indivíduos com transtornos psiquiátricos. Essa ampliação do escopo reflete uma compreensão mais profunda e multifacetada do autismo, o que possibilita o desenvolvimento de intervenções mais eficazes e personalizadas. O estudo oferece uma visão abrangente que pode orientar futuras pesquisas aprofundadas sobre traços autistas, contribuindo para um melhor entendimento e apoio às pessoas com essa condição.
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