A intervenção robótica emerge como uma abordagem promissora para auxiliar no desenvolvimento de habilidades sociais em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Um estudo recente investigou os resultados qualitativos de um programa de treinamento de habilidades sociais mediado por robôs, buscando entender melhor o impacto dessas intervenções na participação social e identificar os elementos essenciais para o sucesso.
A pesquisa, realizada com 16 crianças com TEA entre 5 e 11 anos, demonstrou que a participação em 12 sessões semanais de treinamento com robôs resultou em melhorias significativas na expressão verbal, na consciência social e na reciprocidade emocional. Além disso, o estudo identificou que o programa teve impactos positivos no desenvolvimento pessoal, como o aumento da autoestima, da autoconfiança e da capacidade de expressão emocional. A presença de um robô amigável, atuando como facilitador, e a orientação de um instrutor humano capacitado foram apontados como fatores cruciais para as mudanças observadas.
Esses resultados sugerem que a interação com robôs sociais pode ser uma experiência valiosa e significativa para crianças com TEA. Ao proporcionar um ambiente seguro e previsível para a prática de habilidades sociais, os robôs podem ajudar a superar barreiras de comunicação e a promover a interação social. A combinação da tecnologia robótica com a expertise de profissionais especializados pode abrir novas perspectivas no tratamento e apoio a crianças com autismo, contribuindo para uma melhor qualidade de vida e inclusão social. É importante ressaltar que o estudo destaca a importância de considerar não apenas o desenvolvimento de habilidades isoladas, mas também o impacto qualitativo dessas intervenções na vida das crianças.
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