As cólicas menstruais, também conhecidas como dismenorreia primária, afetam significativamente a qualidade de vida de muitas mulheres, impactando tanto o bem-estar físico quanto o psicológico. Embora existam diversas abordagens para o tratamento da dismenorreia, um estudo recente investigou a eficácia da realidade virtual (RV) como uma nova ferramenta para aliviar os sintomas, comparando-a com técnicas de relaxamento tradicionais.
O estudo, publicado no Turkish Journal of Medical Sciences, envolveu mulheres com idades entre 18 e 30 anos, divididas em três grupos: um grupo utilizou RV para relaxamento imersivo, outro participou de sessões de exergaming (exercícios através de jogos) em RV não imersiva, e o terceiro grupo praticou o relaxamento de Jacobson, uma técnica clássica de relaxamento muscular progressivo. Os resultados indicaram que tanto as intervenções baseadas em RV quanto o relaxamento tradicional foram eficazes na redução da dor e na severidade dos sintomas menstruais. Curiosamente, o grupo que praticou o relaxamento de Jacobson demonstrou uma melhora mais consistente e relatou uma maior percepção de eficácia em comparação com o grupo de exergaming em RV.
Apesar do potencial promissor da RV como ferramenta terapêutica, o estudo sugere que o relaxamento tradicional pode ser uma opção mais acessível e melhor tolerada para o alívio das cólicas menstruais. Isso não invalida o uso da RV, mas destaca a importância de considerar as preferências individuais e a disponibilidade de recursos ao escolher a melhor abordagem para o tratamento da dismenorreia. Mais pesquisas são necessárias para determinar quais tipos de RV e protocolos de relaxamento são mais eficazes e adequados para diferentes mulheres.
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