A persistência de queixas após a infecção por SARS-CoV-2, o vírus da COVID-19, tem sido um desafio para muitos. Um estudo recente investigou o papel da fisioterapia e da terapia com exercícios no cuidado primário desses pacientes, buscando entender melhor a recuperação e os tratamentos eficazes no mundo real.
A pesquisa, realizada com quase mil participantes submetidos a tratamento fisioterapêutico após a infecção por COVID-19, revelou dados importantes. A duração mediana do tratamento foi de 24 semanas, com uma média de 31 sessões. Os objetivos terapêuticos mais comuns foram melhorar a resistência física (74%) e o funcionamento físico geral (72%). Um dado animador é que, em 59% dos casos, os terapeutas relataram que os pacientes alcançaram o objetivo principal do tratamento.
Os resultados também mostraram melhorias clinicamente importantes em diversas medidas. Houve avanços na escala funcional específica do paciente (PSFS), no teste de caminhada de seis minutos (6MWT), no teste de sentar e levantar cinco vezes (5TSTS) e na força de preensão. O estudo ainda apontou que mulheres e participantes com piores pontuações iniciais no PSFS apresentaram maiores chances de relatar uma melhora clinicamente relevante. Em contrapartida, pacientes com tempos mais longos no teste 5TSTS tiveram menores chances de melhora. Esses achados fornecem informações valiosas sobre os objetivos terapêuticos mais relevantes e estimativas para episódios de tratamento realistas, oferecendo um panorama encorajador sobre o potencial da fisioterapia na reabilitação pós-COVID-19.
Origem: Link