A doença de Parkinson frequentemente causa dificuldades na integração sensorial proprioceptiva, um processo essencial para o controle da postura e equilíbrio. Um estudo recente investigou os efeitos de exercícios proprioceptivos no aprimoramento da propriocepção do tornozelo, mobilidade funcional, controle postural e qualidade de vida de pessoas com Parkinson.
No estudo semi-experimental, 16 participantes com Parkinson realizaram exercícios proprioceptivos durante 10 semanas. Os pesquisadores avaliaram a cinestesia do tornozelo, a acuidade de reposicionamento, o teste de passada em quatro quadrados, as métricas de equilíbrio relacionadas ao centro de pressão e a qualidade de vida através do questionário PDQ-39. Os resultados demonstraram que a cinestesia do tornozelo em flexão plantar apresentou melhora significativa após os exercícios. Além disso, o tempo no teste de passada em quatro quadrados diminuiu consideravelmente (aproximadamente 780 ms), indicando um ganho na mobilidade funcional.
As métricas posturais com olhos fechados também apresentaram reduções significativas na excursão máxima, velocidade máxima, velocidade média total, alcance e variabilidade do centro de pressão, o que sugere uma diminuição na instabilidade postural. Ademais, as correlações significativas entre a propriocepção e as métricas posturais observadas antes dos exercícios desapareceram após a intervenção, reforçando o papel da propriocepção aprimorada no controle postural. Notavelmente, os escores do questionário PDQ-39 também indicaram uma melhora significativa na qualidade de vida dos participantes após as 10 semanas de exercícios proprioceptivos, demonstrando o impacto positivo dessa abordagem terapêutica. Em suma, o estudo concluiu que exercícios proprioceptivos realizados ao longo de 10 semanas podem melhorar a propriocepção em pessoas com Parkinson, resultando em uma redução da instabilidade postural e, consequentemente, em um aumento da qualidade de vida.
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