Autismo e Metais Pesados: Estudo Revela Fatores de Risco em Crianças

Um estudo recente investigou a relação entre a exposição a metais pesados e o Transtorno do Espectro Autista (TEA) em crianças na Indonésia. A pesquisa, realizada na cidade de Makassar, analisou amostras de cabelo de crianças em idade escolar, buscando identificar níveis de mercúrio (Hg), chumbo (Pb) e cádmio (Cd). Os resultados apontam para uma complexa interação entre fatores ambientais e genéticos no desenvolvimento do TEA.

A análise revelou que crianças com níveis mais baixos de mercúrio no cabelo apresentavam uma maior probabilidade de serem diagnosticadas com TEA. Surpreendentemente, níveis mais baixos de chumbo foram associados a uma menor probabilidade de TEA, um achado que os pesquisadores atribuem a possíveis diferenças genéticas ou epigenéticas no metabolismo do chumbo. Além da exposição a metais pesados, o estudo também identificou outros fatores de risco importantes, como histórico familiar de TEA, uso materno de cremes clareadores de pele e a ausência de exposição à fumaça de tabaco durante a gravidez.

Os resultados enfatizam a natureza multifatorial do TEA, destacando a importância de considerar tanto a exposição ambiental a metais pesados quanto os fatores de risco maternos específicos. A pesquisa sublinha a necessidade de investigações mais aprofundadas para compreender completamente a interação complexa entre genética, ambiente e o desenvolvimento neurológico infantil, além de reforçar a importância de medidas preventivas que visem reduzir a exposição a substâncias tóxicas durante a gestação e infância. A compreensão desses fatores pode contribuir para estratégias de prevenção e intervenção mais eficazes para o TEA.

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